Para DESCOBRIR: # GASTRONOMIA MARANHENSE: Influências árabe. Por Jeiane Costa*

16/08/2018 15:06
noticia Para DESCOBRIR: # GASTRONOMIA MARANHENSE: Influências árabe. Por Jeiane Costa*
noticia Para DESCOBRIR: # GASTRONOMIA MARANHENSE: Influências árabe. Por Jeiane Costa*

Olá pessoas queridas!

O Estado do Maranhão em sua história, possui uma das culinárias mais ricas em sabores, aromas e cores. Esse resultado é reflexo da gastronomia brasileira que, entre outros fatores, é a consequência da fusão aculturada de hábitos alimentares de diferentes grupos como o índio, o negro, o português, o francês, os árabes e os nordestinos. 
Diante dessa originalidade, convidamos você conhecer um pouco mais sobre a gastronomia maranhense com a influência árabe.

 Boa leitura! 
 
 

Segundo Maranhão (2012) os árabes apresentam duas maneiras diferentes de influências: uma que é milenar, que vem de quando os árabes entraram na Península Ibérica. Segundo o autor, eles tinham uma grande capacidade de absorção dos melhores costumes dos lugares por onde passavam e dominavam.


Dessa forma, de uma culinária basicamente simples, eles incorporaram a riquíssima culinária persa, logo no início da expansão muçulmana, depois as culinárias do Egito e do norte da África, e chegaram à Península Ibérica com esse cabedal.
 

Imagem 1 - culinária persa. Linguado à moda mediterrânea
 

 Os portugueses encontraram essa culinária e trouxeram as comidas que haviam sofrido influência dos romanos com seus temperos e aromas. Assim, é uma influência árabe antiga que vem via Portugal. Além dessa, tem a influência do imigrante árabe, no final do século XIX, que é essa do quibe e da esfirra. 
 

Sob esse aspecto, Lima (2012) afirma que “antes mesmo dos primeiros árabes chegarem ao Brasil, já recebíamos influências deles não só através dos portugueses, que tiveram seu território sob ocupação moura durante oito séculos, como por intermédio dos negros de religião mulçumana”.
 

Imagem 2 - quibe e esfirra

A influência gastronômica que os árabes trouxeram foi no Brasil inteiro e isso se deve ao fato de que o árabe tem muita facilidade de comunicação, entre outros fatores, por ser um bom comerciante.
 

Sobre a influência dessa etnia para a gastronomia maranhense, Lima (2012) afirma que entre os estrangeiros que passaram pelo Maranhão somente os árabes ficaram conosco e integraram-se ao nosso cotidiano. Os pratos árabes foram incorporados à nossa cozinha: quibe cru ou frito, charuto, esfirra e tabule.


 

Imagem 3 - charuto

 

Os árabes chegaram ao Norte e ao Maranhão por volta da segunda metade do século XIX e essa corrente se acentuou no Estado a partir de 1921. Atualmente, ainda está presente descendentes de famílias tradicionais que se arraigaram em alguns municípios do Maranhão como Rosário, Coroatá, Codó, Turiaçu, entre outros, cujos descendentes formam famílias importantes na sociedade.
 
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Abraço, 
                                                                                                                        
 
                                                                                                                           Jeiane Costa.

e-mail: jeianecosta.novel@outlook.com

Instagram: @meioaspalavras
Twitter: https://twitter.com/Meioaspalavras

 

www.meioaspalavras.blogspot.com.br.com.br
 
 
 
Créditos especiais:

MARANHÃO, Ricardo. Árabes no Brasil-história e Sabor. Editora Gaia Global,2012

LIMA, Zelinda Machado de Castro. Pecados da gula: comeres e beberes das gentes do Maranhão. 2 ed. Amp. – São Luis: instituto Geia, 2012
 
Ilustração: Jeiane Costa
Imagem 1- Disponível em:.acesso 16 ago 2018
imagem 2 - Diponivel em: acesso em 16 ago 2018
Imagem 3 - Disponível em: acesso 16 ago 2018
 
*Jeiane Costa: Brasileira, nascida em 28 de março de 1991, descobriu o amor às palavras ainda criança. Desde adolescente escrevia textos com pequenas narrativas apenas para diversão da família e amigos. Paralelo a isso, sempre buscou se expressar através da arte com desenhos que retratassem o ser humano e o meio no qual está inserido. Sempre almejou tornar-se romancista. Atualmente, colabora com o Portal Olhar Dinâmico através do projeto “Sobre o amor” onde apresenta contos e ilustrações que tratam à temática. Sonha em alcançar leitores adultos que ainda possuem no coração o romance juvenil
 
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