Mergulho profundo na black music
Saxofonista, compositor e produtor Beto Saroldi lança ‘Vênus’, seu sétimo álbum de carreiraNeste último dia 22 de Outubro quem passou pela Studio FKM foi o saxofonista Beto Saroldi. Multi instrumentista, produtor, arranjador, atuou com diversos nomes consagrados da nossa música brasileira. Te convido a conhecer um pouco mais desse novo projeto do artista que esta maravilhoso.
Saxofonista, compositor e produtor Beto Saroldi lança ‘Vênus’, seu sétimo álbum de carreira.
Músico que trabalhou com as maiores estrelas da MPB, o saxofonista, compositor e produtor Beto Saroldi lança no próximo dia 18 seu sétimo álbum solo. Em “Vênus” (Beto Saroldi Records / Warner), o instrum
entista apresenta um vigoroso trabalho autoral com os pés fincados nas melhores tradições da música negra americana como o soul, o blues e o funk numa profusão de beats, grooves estonteantes e elaboradas melodias.São ao todo 14 músicas, sendo 13 autorais, e uma releitura para a “A Linha e o Linho”, do amigo Gilberto Gil. Em tempos de pandemia, Saroldi tem a felicidade de ter um estúdio doméstico com equipamentos de última geração e, desta forma, pode gravar com alto grau de qualidade e ainda respeitar as recomendações de isolamento social. Em “Vênus”, o músico toca quase todos os instrumentos, contando com participações especiais gravadas em outros estúdios de artistas como Frejat, Rosa Marya Collin e os um respeitável trio de guitarristas: o mestre Ricardo Silveira (da banda de Milton Nascimento), Fernando Vidal (Fernanda Abreu e Seu Jorge) e Luiz Fernando Comprido (Conexão Japeri).
Parceria de Saroldi com Frejat, o single “Noites e Noites Sem Fim” antecipa o álbum. “Trata-se de um blues potente em que a voz do ex-Barão Vermelho dialoga com o sax de Saroldi e a gaita do gaúcho Toyo Bagoso. “Frejat escreveu a letra, cantou e gravou o solo de guitarra. Foi uma alegria compor com ele pela primeira vez”, comemora Saroldi.
O músico conta que o disco estava pronto, quando o país e o mundo pararam pela pandemia do coronavírus, emperrando as negociações com a gravadora. “Escritórios, editora fechados, um caos. Eis que em uma madrugada de total confinamento, surgiu a batida e melodia na cabeça. Fui direto para o piano, onde componho minhas músicas. Fiz a harmonia, e o melhor em ter seu próprio estúdio é a oportunidade de trabalhar muito, no horário que você determinar. O dia amanheceu quando terminei a música. Resolvi incluir no álbum, por ter sido feita durante todo esse momento único e porque não assustador que estamos vivendo”, conta Saroldi, referindo-se ao tema “Meu Confinamento”.
Veja, abaixo, o faixa a faixa deste trabalho:
“Vênus” (Beto Saroldi) tem a pegada soul da escola de Detroit, que tanto influencia o saxofonista, como também a trinca de brazilian soulmen Cassiano, Tim Maia e Hyldon. Essas influências formam um estilo muito próprio definindo a impressão digital de Beto Saroldi. O artista toca na faixa-título sax tenor, piano Rhodes, Oberhein keyboard, bass synth, bateria e percussão. Completam a formação Flavio Pereira (baixo elétrico), Bettina Graziani (vocal) e Fernando Vidal (guitarra).
O disco segue com “Sensuality” (Beto Saroldi), um soul instrumental em que Saroldi toca diversos instrumentos, como o piano, teclados, cordas, bass synyh, bateria e percussão e ainda conta com a guitarra Wah-Wah de Ismael Carvalho.
“Uma Estrela a Mais” (Beto Saroldi & Paulo Zdan) tem participação especial e luxuosa na voz exuberante de Rosa Marya Colin esbanjando categoria. Saroldi programou um beat classudo e ainda tocou sax tenor, piano, teclados, baixo e bateria. Fernando Vidal e Luiz Fernando Comprido fazem as guitarras.
“Noites e Noites Sem Fim” (Beto Saroldi & Frejat) celebra a parceria inédita de Beto Saroldi e seu amigo Frejat que escreveu a letra, cantou a canção e gravou o solo de guitarra. Um blues forte, pesado com sotaque do Delta do Mississippi. Saroldi toca todos os intrumentos de base, inclusive órgão,sax tenor e conta com o violão “dobro” de Alamo Leal e a harmônica de Toyo Bagoso.
“Só Quero te Olhar” (Beto Saroldi & Denner Campolina) é a faixa R&B do álbum. Um beat elegantíssimo, com Saroldi no sax tenor e pilotando piano, teclados, bateria e percussão. E ainda a linda voz de Tati Vidal, o baixo elétrico de Flavio Pereira e a dupla de guitarras formada por Fernando Vidal e Luiz Fernando Comprido.
O disco retorna ao universo instrumental em “Ela Adora Dançar” (Beto Saroldi), oum soul dançante que não deixa ninguém parado. Saroldi toca o sax tenor e todos os intrumentos de base, tendo a preciosa guitarra pulsante e suingada de Vidal.
E a pegada dançante segue com “A Festa Mais Badalada da Cidade” (Beto Saroldi). “Esta faixa poderia facilmente receber uma letra e ser cantada por Jason Kay, do Jamiroquai”, sugere Saroldi , que executa o sax tenor e os demais instrumentos de base sendo escoltado pelo soul brother Fernando Vidal na guitarra Wah-Wah.
“A Última Lágrima” (Beto Saroldi) é uma balada romântica, com harmonia sofisticada, e melodia belíssima. Esse tema romântico vem embalado pelo saxofone de Saroldi, que também está ao piano, teclados e bateria. Flávio Pereira toca o baixo elétrico e Fernando Vidal sola na guitarra.
Única faixa não autoral do álbum, “A Linha e o Linho” é uma homenagem a Gilberto Gil e a riqueza da música brasileira. Saroldi tem o hábito de sempre fazer releituras de canções de outros artistas. Aqui a formação é Saroldi ao sax tenor, Tati Vidal (voz), Ricardo Silveira (violão e guitarra) e Cleber Rennó (teclados).
Em “Tattoo Girl” (Beto Saroldi) o saxofonista toca todos os instrumentos.
“Seus Lábios nos Meus” (Beto Saroldi) é outra incursão nos territórios da soul music, com Beto Saroldi ao sax tenor, piano, baixo elétrico, teclados e bateria. As guitarras Wah-Wah são de Fernando Vidal.
Em “Pétalas e Diamantes” (Beto Saroldi) a influência de Stevie Wonder, Marvin Gaye e do som da Motown fala mais alto. Beto Saroldi toca o sax tenor, clarinete, piano, teclados, bateria e percussão. Bettina Graziani faz o vocal e Fernando Vidal toca as guitarras base e solo.
“Você Não Sabe Amar” (Beto Saroldi) é um tema de lamento, sobre aquele amor que não dá certo. Saroldi emprega muita sensibilidade no sax tenor e toca os demais instrumentos de base, deixando as guitarras com Fernando Vidal.
“Meu Confinamento” (Beto Saroldi). Na última canção a entrar no álbum, Saroldi toca o sax temor, todos os instrumentos faz o solo de sintetizador. E seu filho, Luca, toca guitarra. Como os tempos de pandemia sugerem, ficou tudo em família.
Marco Fukuyama
Produtor Artístico
Programa “Studio ao vivo”
Apresentação e Produção
Marco Fukuyama
Web Rádio Studio FKM
https://studiofkm.com/