Saiba os dois principais pontos para definir se vale a pena financiar um imóvel para alugar

Confira quais informações e dados devem ser considerados para obter o melhor negócio
30/09/2021 10:31
noticia Saiba os dois principais pontos para definir se vale a pena financiar um imóvel para alugar
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Existem alguns motivos para que alguém coloque para alugar um imóvel que financiou, como, às vezes, teve que mudar de cidade por causa do trabalho e já havia comprado o imóvel. Não querendo se desfazer do bem e também para não acumular contas, decide colocar para locação. Em outros casos, alguns fazem essa movimentação como forma de investimento. Mas vale a pena financiar um imóvel para alugar? É possível?

Vale lembrar que, ainda que o proprietário do imóvel consiga um locatário, ele continuará sendo responsável pelo pagamento das parcelas referentes ao imóvel. Enquanto a dívida não for quitada, o imóvel ficará sob propriedade da instituição financeira (ou o eventual credor, que é a quem ou a que se deve algo). Isso acontece para que o credor tenha uma garantia de pagamento em caso de  inadimplência.

Lembre-se: a recomendação é que este seja considerado um investimento a longo prazo. Até porque dificilmente o valor do aluguel vai superar de forma significativa a prestação do seu imóvel. Para isso, Thais Sterenberg, CMO da Fix, aponta alguns aspectos a serem avaliados para que um investimento em imóveis seja levado em consideração.

Posso financiar um imóvel para alugar? Existe alguma exceção?

De forma geral, você pode colocar para locação um imóvel que financiou. Contudo, existe apenas uma lei que poderá te impedir. Se você possui um imóvel financiado pelo programa Casa Verde e Amarela, o antigo Minha Casa Minha Vida, não será possível. De acordo com a legislação do programa, você só poderá colocar o imóvel para locação se for transferido no trabalho ou conseguir um emprego longe do imóvel.

Um outro ponto de atenção: para aqueles que estiverem pensando em utilizar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para dar entrada no imóvel, financiá-lo e, então, colocá-lo para locação, só será permitido caso o comprador seja o morador. O comprador do imóvel deve ser titular ou coobrigado no financiamento que pretende pagar parte do valor das prestações. Além disso, o proprietário não pode ter outro imóvel na cidade que mora ou trabalha ou ter outro financiamento ativo no SFH (Sistema Financeiro de Habitação) em qualquer estado brasileiro.

Afinal, vale a pena financiar um imóvel para alugar?

Para que você tenha um veredito se vale ou não locar o imóvel que você financiou, o primeiro passo é listar todos os gastos que você tem e terá com seu imóvel para poder comparar com seus ganhos. Isso poderá mudar todo o cálculo. Logo, não adianta dizermos se sim ou se não se os gastos futuramente poderão se tornar um peso e reduzir seu lucro a, quem sabe, um prejuízo.

Você deve estar se perguntando: ‘mas como assim os gastos que terei?’ É preciso considerar que, caso fique um tempo sem inquilino, terá que arcar com gastos mensais, tais como condomínio (no caso de apartamentos e casas em condomínios residenciais), IPTU, taxas de serviços, entre diversas outras que, geralmente, ficam a cargo do inquilino. Por quanto tempo você conseguiria bancar estes gastos? Isto feito, é hora de calcular quanto você poderá arrecadar com o aluguel de sua propriedade para comparar gastos com os ganhos e avaliar se valerá a pena.

Agora, falando do lado financeiro, supondo que houve um bom planejamento na aquisição do imóvel, com boas condições de pagamento, baixo juros e etc, de forma geral e no atual momento, sim, vale a pena, e vamos explicar com base em dados.

De acordo com informações trazidas pelo índice FipeZAP, que monitora preços de anúncios em diversas cidades do Brasil, revelam que o retorno médio do aluguel residencial ficou em 4,68% em abril deste ano. Para se ter ideia, no comparativo do mesmo período, a poupança rendeu 2,11%. Já o CDI, que é o Certificado de Depósito Interbancário e que serve de referência para retornos de investimentos, rendeu 2,14% em abril (no período de um ano).

O retorno do aluguel é definido pela rentabilidade do aluguel, que é a razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis, uma medida de rentabilidade para o investidor que opta em adquirir o imóvel com a finalidade de obter renda com aluguel ao longo do tempo. Esse indicador pode ser utilizado para avaliar a atratividade do mercado imobiliário em relação a outras opções disponíveis aos investidores.

Além disso, você encontra matérias em portais conceituados, como CNN Brasil e Valor Investe, afirmando que o aluguel de imóvel já rende mais que o dobro da renda fixa e que a rentabilidade dos imóveis alugados em São Paulo, por exemplo, atingiu neste ano de 2021 o maior valor desde 2015.

Para quem não sabe, de forma resumida, as rendas fixas são modelos de investimento onde se “empresta” dinheiro para alguém, uma modalidade de investimento onde a rentabilidade é previsível. Em troca, é esperado receber o dinheiro no futuro acrescido de juros – uma espécie de ‘remuneração’ pelo valor emprestado. Exemplos: Tesouro Direto, Poupança, Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), entre outros.

Especialistas afirmam que, desde novembro de 2019, comprar um imóvel para alugar tem rendido mais que investir o mesmo dinheiro em uma aplicação de renda fixa básica, por exemplo. E isso tem crescido ainda mais desde setembro de 2020, onde o ganho do aluguel chegou a ficar mais de duas vezes maior do que o da aplicação em renda fixa.

Valorize seu imóvel, aumente sua margem de lucro

Quando for comparar os gastos que terá com os possíveis ganhos, a dica é sempre valorizar ao máximo o seu imóvel para que sua margem de lucro seja a maior possível.

Sobre a Fix

A Fix é uma plataforma de reformas e manutenção para o mercado imobiliário atendendo cidades como São Paulo, Campinas, Curitiba, Belo Horizonte e Porto Alegre. Por meio de processos digitais, além de gerar mais receita às imobiliárias, melhora a experiência na solicitação de serviços e o relacionamento entre inquilinos e proprietários de imóveis

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