Poesia Catedral, por Roberto Ferrari
Catedral
Por Roberto Ferrari
Tu, mulher — mulher de fases! Tu que sentes o amor como razão da vida Tu, que perpetuas a paixão na alma inflamada pela noite sobre o calor deste verão.
És paixão, loucura — fonte da minha angústia, escrevo-te através das minhas lágrimas, de todo o meu ser
Dei-te meu coração: uma catedral erguida em nome do meu amor por ti E hoje minha alma traz as cicatrizes da paixão
E meu corpo nu sofre com a distância de ti e o desejo está em mim Pobre de mim, sofro nas longas noites a espera de ti
Tu que é feita de amor e volúpia, inspiração do meu canto, razão da minha vida Tua postura lembra uma poesia feita numa velha madrugada de lua...
Criatura, divina, maravilhosa, nasceste para me amar. Mulher tu que deitas o teu beijo na minha boca Quando as estrelas sorriem e as ondas encontram as areias de praias desertas Mulher!
Mulher que eu amo, ser abençoado, ser desejado, essência perdida num ar de verão.
Não me abandones!... Eu, que tanto te amo, que tanto te venero
Eu que sou poeta de uma musa só: Tu!
Cantei a viagem do amor que se foi, aquela me fez sonhar do mais fundo da minha alma com tu e teus carinhos
Até o âmago eu iria e beberia da fonte do teu amor e me entregaria aos teus beijos e abraços sem pensar,
No invólucro da tua alma que és tu mesma, aonde nossas peles e nossos sentimentos serão um.
Oh amada, inspiração adorável da minha poesia!