Carlos Coelho, guitarrista, músico, e um dos fundadores do Biquini Cavadão
Marco FKM entrevistou o guitarrista do Biquini no Programa Backstage no Japão.O Biquini Cavadão é uma banda de rock, formada em 1985, no Rio de Janeiro (RJ). Composto por Bruno Gouveia (vocal), Carlos Coelho (guitarrista), Miguel Flores da Cunha (tecladista) e Álvaro “Birita” Lopes (baterista), atualmente, o grupo tem como músicos convidados o baixista e produtor Marcelo Magal e o saxofonista Walmer Carvalho. A banda fez parte da segunda geração de bandas dos anos 1980.
Bruno Gouveia, Álvaro Birita, Miguel Flores e André “Sheik”, que eram colegas de terceiro ano do Colégio São Vicente de Paulo, decidiram tocar junto com mais alguns amigos, num sarau, resolveram fazer daquela ousadia um hábito. Após muitas formações, ouviram em uma visita do amigo Herbert Vianna (Paralamas do Sucesso) a inspiração do nome da banda, com ele dizendo que “Se eu tivesse essa idade, só pensaria em mulher, carros e biquíni cavadão”.
Carlos Coelho, indicado ao Grammy como produtor musical e compositor, é guitarrista do Biquini Cavadão, uma das bandas de Rock mais bem sucedidas do Brasil, com 36 anos de estrada, mais de 2.500 apresentações realizadas no Brasil, Europa e Estados Unidos, mais de um milhão de seguidores nas redes sociais e mais de 20 lançamentos em LPs, CDs, DVDs e Blurays.
Carlos Coelho tem mais de 250 composições gravadas pelo Biquini e por outros artistas, e participou como artista convidado em CDs e DVDs de Leila Pinheiro, Cidade Negra, Jammil e Uma Noites, Vinny, MC Buchecha, entre outros.
Ao ser questionado, pelo Versos e Prosas, o que gosta de ouvir, em momentos fora do trabalho, o guitarrista do Biquini fez questão de destacar músicas e artistas que nunca ouviu, anteriormente. “Músicas que ouvi a vida toda e sempre conhecer artistas novos, mas procuro também ouvir artistas antigos que nunca conheci a obra, só conhecia de nome”, afirmou.
Carlos Coelho disse que, quando está com os amigos em uma festa, em total clima de descontração, não é lá muito chegado a ouvir música. “Prefiro conversar, música me distrai muito, quando toca tenho que parar tudo para ouvir. E gosto de ouvir alto, não gosto de som ambiente”, revelou.
Por sua vez, em um churrasco de domingo com a família, Coelho deixou claro que, quando ele é o DJ da festa: “Quando me pedem para selecionar o repertório, gosto de músicas antigas”.
Já quando toca ao violão, Carlos Coelho o faz de maneira despreocupada, mas revela um detalhe importante. “Sou capaz de tocar por horas e horas, mas sempre as músicas que eu conheço, não gosto de ficar atendendo pedidos, rsrsrs”, brinca o músico.
Já no caro, encarando o caótico trânsito do Rio de Janeiro, o guitarrista do Biquini Cavadão afirma gostar de surpresas e, para isso, escolhe aquele velho companheiro, amigo de todos. “Rádio, gosto de ser surpreendido”.
Ao comentar o que costuma cantar, enquanto toma banho, Caros Coelho foi direto ao assunto. “Tomo banho em minutos, não dá tempo nem de cantar uma música”.
Carlos Coelho, ao ser pedido para montar sua playlist para o Versos e Prosas, julgou ser uma missão bastante complexa, mas listou alguns nomes que compõem sua lista predileta. “Muito difícil, mesmo. Ouço de Cher, Beatles, Led Zeppelin, Julio Iglesias, música francesa, mexicana… Tudo!”, finalizou o guitarrista do Biquini Cavadão.
Criado como EP para o dia dos namorados,12 de Junho se consolida como vigésimo álbum de estúdio do Biquini.
Produzido por Paul Ralphes, já está nas plataformas o álbum 12 de Junho, vigésimo da carreira do Biquini. Entre regravações de clássicos da banda e lados-B, a pauta do disco nasceu de um repertório romântico para o dia dos namorados do ano passado, através de um EP com capa em movimento, um dos pioneiros, na época. “É algo recorrente na discografia do Biquini: após um disco de estúdio, onde há sempre um debate muito intenso sobre o que queremos gravar ou dizer, revisitamos a nossa obra ou mesmo a obra de alguém. Assim foi com o disco Ilustre Guerreiro, de 2018, após o disco As Voltas Que O Mundo Dá. E está sendo agora com este, após o disco Através dos Tempos” - analisa o cantor Bruno Gouveia.
Lançado na data homônima, no ano passado, o bom resultado do EP nas plataformas resultou em um trabalho maior, pulando de quatro para dez faixas. São oito faixas do cancioneiro da banda e duas regravações já conhecidas. A primeira é Coleção (Cassiano, Paulinho Zdan) que o grupo começou a cantar nos idos de 98 para um especial na MTV, registrou na primeira série Um Barzinho e Um Violão em 2001, e, nos últimos meses, tem se incorporado no repertório de shows da banda. A outra, Todo O Amor Que Houver Nessa Vida (Cazuza, Frejat) surgiu de um convite para uma live em homenagem a Cazuza durante a pandemia, em 2020. Bruno escolheu a música para homenagear seu filho Leonardo, que acabara de nascer.
“No início de 2020, conversamos com o produtor Paul Ralphes a respeito de um projeto para um disco acústico, que sempre foi uma lacuna em nossa carreira. A pandemia nos fez engavetar esse trabalho e, optamos por um disco autoral. Satisfeitos com o resultado de Através dos Tempos, decidimos flertar com esse modo acústico neste projeto mais romântico. Quanto ao acústico…um dia sai.” explica Coelho, que produziu as duas regravações.
Junto com o projeto em audio, a banda fez um registro no Solar de Botafogo das faixas que gravou. O especial contendo as dez músicas estará à disposição no canal da banda no YouTube, incluindo making of do álbum.
Direto da Redação Marco FKM