Kinkaku-ji
Monumentos históricos de Kyoto
(Kinkaku-ji, 金閣寺)
Como um renomado templo zen-budista com séculos de história, o Templo Rokuonji é mais conhecido hoje como Templo Kinkaku-ji, ou conhecido como Pavilhão Dourado, que serve como o ponto principal do terreno do templo. Este pavilhão de três níveis, coberto de folhas de ouro, é uma das estruturas históricas mais famosas e peculiares de Kyoto. Agora um Patrimônio Mundial da UNESCO, o templo é considerado um destino imperdível pelos turistas que visitam a cidade.
O shogun reinante do século XIV, Ashikaga Yoshimitsu, obteve o terreno que agora compõe o Templo Kinkaku-ji e construiu sua casa de férias, que ele chamou de Kitayamadono. Após sua morte, o terreno foi convertido em um templo zen-budista, conforme era o o desejo dele. O impressionante Pavilhão Dourado foi construído para consagrar Buda, com um santuário adicional no segundo nível dedicado a Kannon, a deusa da misericórdia. Cada um dos três andares do pavilhão foi construído segundo estilos arquitetônicos diferentes. O primeiro nível, shinden-zukuri, é no estilo arquitetônico predominante das casas palacianas da aristocracia do Período Heian (794-1185). O segundo nível, buke-zukuri, é no estilo comumente usado nas residências de guerreiros samurais de alto escalão do Período Kamakura (1185-1333). No terceiro nível, temos a arquitetura zen tradicional chinesa. Os telhados piramidais de cada nível são cobertos de telha, e os dois níveis superiores são revestidos com as folhas de ouro que dão nome ao Templo Kinkaku-ji.
O jardim do Templo Kinkaku-ji, reconhecido como um marco histórico e paisagístico único, se estende por cerca de 92.400 metros quadrados. No centro das paisagens exuberantes e do cenário verdejante do jardim está a Lagoa Kyoko-chi, a “lagoa espelho” que reflete a imagem do Pavilhão Dourado. Pequenas ilhas de vários tamanhos pontilham a ampla extensão de água, como a maior, chamada Ashiharajima, ou as menores, além das pedras que despontam da superfície da lagoa.
A estrutura original do Pavilhão Dourado foi incendiada em 1950, mas foi reconstruída em 1955 com base em um projeto de reconstrução detalhado. Posteriomente, o pavilhão foi declarado Patrimônio Mundial em 1994, devido à sua arquitetura espetacular que harmoniza de forma única a cultura e o design usados por nobres, samurais e budistas. O templo foi incendiado por um monge que sofria de perturbações mentais, sendo relata uma versão ficcionada no livro “O Templo do Pavilhão Dourado” de Yukio Mishima, que foi publicado pela primeira vez em 1956. A estrutura atual do templo data de 1955.
Recentemente verificou-se que o revestimento estava um pouco estragado tendo-se reparado esta situação e colocado uma nova cobertura de folha de ouro, muito mais espessa que a original. Além destas medidas também se restaurou o interior do edifício, incluindo as pinturas, sendo o telhado restaurado em 2003.