Energia Renovável transforma comunidades isoladas e países em desenvolvimento, mas desafios persistem

Economista Francisco Morel
26/09/2024 15:37
noticia Energia Renovável transforma comunidades isoladas e países em desenvolvimento, mas desafios persistem
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A transição para a energia renovável tem se mostrado uma solução promissora para comunidades isoladas e países em desenvolvimento. Em locais de difícil acesso, onde a infraestrutura de eletricidade é precária ou inexistente, fontes como a energia solar e eólica surgem como alternativas sustentáveis para garantir o abastecimento energético. Projetos em regiões da África, América Latina e Sudeste Asiático têm demonstrado que essas tecnologias podem melhorar a qualidade de vida, oferecendo eletricidade para hospitais, escolas e negócios locais, impulsionando a economia regional e promovendo a inclusão social.

 

No entanto, por mais que a energia renovável apresente vantagens indiscutíveis, é crucial destacar alguns dos desafios e armadilhas que vêm acompanhando sua implementação, especialmente em contextos políticos e econômicos frágeis. Governos progressistas e movimentos ambientalistas de esquerda, muitas vezes, vendem uma narrativa de que essa transição é a solução universal para todos os problemas energéticos. No entanto, o que não se discute tanto são os enormes subsídios estatais necessários para viabilizar muitos desses projetos, especialmente em países de baixa renda. Isso levanta uma questão crucial: quem arca com o custo? Em muitos casos, o fardo acaba caindo sobre o contribuinte, enquanto grandes empresas se beneficiam dos incentivos públicos, sem necessariamente promover desenvolvimento econômico sustentável de longo prazo.

 

Há uma tendência crescente de governos em países em desenvolvimento aceitarem investimentos externos que prometem soluções rápidas, mas que, em muitos casos, resultam em dependência tecnológica e financeira de nações estrangeiras. As decisões de implementar grandes parques solares ou eólicos frequentemente vêm de cima para baixo, sem uma consulta adequada às comunidades locais. Esse cenário revela uma contradição: enquanto se prega sustentabilidade e inclusão, práticas autoritárias ou intervencionistas por parte do Estado acabam prejudicando a autonomia e a prosperidade das populações envolvidas.

 

A energia renovável é, sem dúvida, o futuro. Mas sem uma gestão responsável e livre de ideologias, podemos estar criando uma nova forma de dependência e exploração econômica, onde as elites lucram com os subsídios enquanto as populações mais vulneráveis pagam o preço. Portanto, embora a energia renovável seja fundamental para o futuro, é preciso adotar uma visão crítica, que considere não apenas os benefícios ambientais, mas também os riscos econômicos e políticos envolvidos. Políticas conservadoras, que valorizam a liberdade econômica e o empreendedorismo local, podem ser uma alternativa mais eficiente, permitindo que essas comunidades adotem soluções energéticas de forma mais autônoma e adaptada à sua realidade, sem a interferência excessiva do Estado ou de interesses corporativos externos.

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