QUAIS SÃO AS PRIORIDADES?
Por Eriberto HenriqueQUAIS SÃO AS PRIORIDADES?
A cidade do Recife, com seu ritmo acelerado e a constante luta por mobilidade urbana, tem vivido um dilema que parece não ter fim: o trânsito caótico. No meio desse cenário, a CTTU, órgão que deveria ser um aliado na busca por soluções, tem sido alvo de críticas por parte da população.
Muitos recifenses questionam a prioridade da guarda em multar carros estacionados irregularmente, enquanto problemas mais sérios, como o congestionamento em horários de pico e a ocupação indevida de vias por carroceiros, parecem passar despercebidos. É comum ver agentes de trânsito autuando veículos em locais onde o estacionamento é proibido, enquanto em outras áreas da cidade, como a Avenida Conselheiro Aguiar, uma das principais vias da capital pernambucana, carroceiros estacionam suas cargas, obstruindo o fluxo de veículos e colocando em risco a segurança de todos.
A sensação que se tem é de que a fiscalização está mais preocupada em arrecadar multas do que em garantir a fluidez do trânsito e a segurança dos cidadãos. Afinal, qual a utilidade de multar um carro estacionado em um local isolado, se em uma avenida movimentada como a Conselheiro Aguiar, o problema é muito mais grave e afeta um número maior de pessoas?
É preciso que a CTTU reveja suas prioridades e passe a atuar de forma mais eficaz no combate aos verdadeiros problemas do trânsito no Recife. A fiscalização de estacionamento irregular é importante, mas não pode ser a única preocupação. É fundamental que os agentes de trânsito estejam presentes nas ruas, orientando os motoristas, coibindo infrações mais graves, como o excesso de velocidade e a invasão de faixas de pedestres, e atuando de forma integrada com outros órgãos públicos para encontrar soluções duradouras para o caos no trânsito da cidade.
Além disso, é preciso que a Prefeitura do Recife encontre alternativas para os carroceiros, garantindo que eles tenham um local adequado para estacionar suas cargas e possam trabalhar de forma segura e organizada. Afinal, esses profissionais desempenham um papel importante na economia da cidade, mas precisam ser regulamentados para que não prejudiquem a mobilidade urbana.
A solução para o problema do trânsito no Recife não é simples e exige a colaboração de todos os envolvidos: governo, população e, principalmente, a CTTU. É preciso que haja um esforço conjunto para mudar essa realidade e garantir que a cidade possa se desenvolver de forma sustentável e com qualidade de vida para todos.
Fica a reflexão! Eriberto Henrique.