A CURA DO CAOS

Por Eriberto Henrique
30/07/2018 06:13
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A CURA DO CAOS

Por Eriberto Henrique

 

Ser poeta!

Ficar diante da madrugada e ouvir todos os seus gemidos,

Tocar a sua mão fria,

E lhe olhar nos olhos ofertando sentimentos.

 

Eu estava com saudade disso!

De sentar na mesa de jantar cercado de palavras,

E banquetear versos,

De celebrar a vida, a morte e a existência,

Brindando com taças de cristal,

Ou copos descartáveis.

Eu estava com saudade de beijar lábios no imaginário,

Saboreando sobejos pegajosos.

Somos escrotos para caralho,

Ainda receosos de escrever palavrão em um poema,

Sentados na primeira fila do circo,

Repleto de palhaços manipuladores,

E aberrações humanas cultivando a insensibilidade.

 

Poesia ainda é a cura do caos,

É o ante-inflamatório de dores crônicas, causadas pela ignorância,

É o marcapasso de corações infartados, perdidos em geleiras,

Agredidas cotidianamente pelo aquecimento global.

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