Quinta-feira, 17 de Abril de 2025 

A arte pode ser benéfica para a saída da depressão e auxiliar economicamente pessoas com deficiência pisco social quando há um projeto sólido.

27/01/2025 16:01
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A arte pode ser benéfica para a saída da depressão e auxiliar economicamente pessoas com deficiência psicossocial quando há um projeto sólido.

Em 2016, fui diagnosticada com depressão. Era uma falta de perspectivas; eu não tinha outra alternativa senão chorar. Mais tarde, com a introdução dos medicamentos, passei a fazer vestibular por incentivo de familiares. Fiz vestibular e passei na Universidade do Estado da Bahia. Meu desenvolvimento na universidade foi marcado pela interação com os colegas. Foi então que uma professora começou a observar minha capacidade artística, o que me deu um grande incentivo. Em atividades na universidade e nos projetos, decidi explorar a arte a meu favor. Passei a investir na minha imagem e em conteúdos nas redes sociais, como rascunhos de histórias fictícias que vinham da minha cabeça. Era um excesso de criatividade que eu achava um desperdício.

Com o tempo, comecei a cantar na universidade e, posteriormente, descobri em minha essência que aquilo era o que eu queria para minha vida. Gravei meu primeiro single em 2023, em um home Studio, e, por acaso, mandei o material para uma gravadora, que me fez uma proposta para um projeto. Sem recursos, não pude custear o projeto. Foi aí que surgiu a iniciativa de publicar as histórias fictícias que eu escrevia. Publiquei o livro Doida Não. A Doida!, uma iniciativa para empoderar pessoas com deficiência psicossocial e alertá-las sobre como a arte pode ser benéfica, tanto espiritualmente quanto economicamente.

Posso dizer que hoje não enfrento mais a depressão como um terror na minha vida. Para mim, é um chamado. Hoje, como militante, expresso toda a minha utilidade intelectual através da música e da escrita.

Ariana da Silva do Amparo, cantora, versionista, escritora e graduanda do curso de Pedagogia pela UNEB, nasceu na comunidade do Lamego e foi criada na comunidade de Sarapuí. Filha de uma família humilde e tradicional, cuja realidade foi transformada através da agricultura, começou a se interessar pela arte após enfrentar um quadro grave de depressão. Ela ocupou o vazio deixado pela doença cantando em aplicativos. Posteriormente, fez aulas de canto e gravou seu primeiro single em home Studio (Recado). Por incentivo de seu psiquiatra, Thiago Campos de Oliveira, continuou gravando áudios caseiros e enviando para amigos próximos. Por curiosidade, enviou seus arquivos gravados para uma gravadora e obteve uma resposta positiva.

Dessa experiência, surgiu a necessidade de gravar um EP. No entanto, Ariana decidiu ir mais a fundo, começando a escrever. Ela enviou alguns rascunhos para o grupo da universidade, recebendo questionamentos e elogios sobre sua escrita. Isso a fez pensar na possibilidade de publicar algo maior. Inquieta, lançou o livro Doida Não. A Doida!, que, segundo ela, é uma iniciativa para alertar pessoas com deficiência psicossocial de que a depressão é um vazio que pode ser preenchido com algo que se ama fazer. Para Ariana, é uma realização pessoal fazer o que gosta, tanto economicamente quanto espiritualmente.

Ariana na música: Começou cantando em aplicativos de karaokê. Insatisfeita com o amadorismo, procurou um professor de canto online. Mais tarde, devido às suas limitações, buscou aulas presenciais e continua até hoje. Está em um nível adaptável e pronta para aprender coisas novas. Segundo seu professor, sua categoria vocal é soprano alto. A música esteve presente disfarçadamente desde a infância, quando ajudava sua mãe na zona rural com os afazeres domésticos. Esse interesse, contudo, se intensificou após as aulas de canto.

Ariana na escrita: O livro Doida Não. A Doida! é, para Ariana, uma obra que mistura diversos gêneros dentro de uma narrativa com identidade peculiar. É como um diálogo com o leitor, despertando nele a curiosidade de ler cada vez mais para compreender o contexto. Ela se inspirou em livros como O Pequeno Príncipe e Os Restos Mortais. Em relação ao suspense, baseia-se nesses dois grandes clássicos. Para ela, a arte provoca um sentimento de autorrealização, e dentro dessa autorrealização encontra-se um êxtase.

Link de compra do livro: 

https://editoratelha.com.br/product/doida-nao-a-doida-um-lado-meu-que-eu-desconheco/

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