Advogada Criminalista Requisita ao MPMG a Reabertura de Caso de Morte Classificada como Acidente de Trânsito
A renomada advogada criminalista Dra. Lorena Lima, especialista em Direito Penal Econômico, está representando a família de Guilherme de Carvalho Dias, jovem que faleceu em circunstâncias inicialmente classificadas como um acidente de trânsito. Contudo, a análise de laudos oficiais e de pareceres de um perito assistente contratado pela família aponta para fortes indícios de homicídio, o que tem motivado um pedido formal de reabertura do caso junto ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
O caso, ocorrido em 05 de março de 2023, apresenta diversos pontos críticos que despertam dúvidas quanto à versão oficial. Entre as inconsistências identificadas, destacam-se:
- Perfurações na motocicleta, capacete e no rosto da vítima, que sugerem a utilização de arma de fogo;
- Alteração da cena do crime, contrariando os protocolos de preservação e investigação criminal;
- Violação da cadeia de custódia, comprometendo a autenticidade das provas apresentadas.
Além disso, o parecer técnico do perito assistente contratado aponta a necessidade de novas diligências, como a exumação do corpo da vítima e análises mais detalhadas dos vestígios coletados, que, segundo ele, foram manipulados inadequadamente.
“A versão oficial, que afirma se tratar de um acidente de trânsito, não se sustenta diante dos elementos apresentados. Há indícios robustos que apontam para a possibilidade de um homicídio, e a ausência de uma investigação formal, até o momento, é preocupante. Estamos buscando a reabertura do caso para garantir que os fatos sejam devidamente apurados e levados a julgamento pelo Tribunal do Júri, como prevê a Constituição em crimes dolosos contra a vida”, declarou Dra. Lorena Lima.
Gravidade dos Fatos e Envolvimento de Agentes Públicos
O caso ganha ainda mais relevância diante do envolvimento de diversos agentes públicos na ocorrência. Relatos apontam que policiais militares estavam presentes no local dos fatos e que procedimentos periciais e de preservação da cena foram conduzidos de forma irregular. Segundo a advogada, essa realidade reforça a necessidade de uma investigação isenta e independente.
A família da vítima busca, por meio da atuação de Dra. Lorena Lima, sensibilizar o MPMG para que adote todas as medidas legais cabíveis, incluindo a reabertura do inquérito policial, a análise detalhada dos laudos e a designação de novos peritos para garantir a imparcialidade da apuração.
Impacto na Sociedade e na Justiça
Para a advogada, este não é apenas um caso de busca por justiça para uma família, mas um reflexo de um sistema que, muitas vezes, falha em garantir a verdade e a proteção dos direitos fundamentais. “Quando a preservação das provas é comprometida e indícios tão graves são ignorados, não apenas a vítima e sua família são desrespeitadas, mas também a sociedade como um todo. Este caso precisa ser analisado com o rigor que merece, pois a impunidade é um convite ao descaso”, concluiu Dra. Lorena.
O Pedido de Reabertura
A petição protocolada pela advogada requer, além da reabertura do caso, que ele seja encaminhado ao Tribunal do Júri, devido à natureza dolosa do crime. A advogada também pede a designação de outra delegacia para conduzir as investigações, com base nas falhas identificadas no tratamento do caso inicial.
A família de Guilherme espera que a visibilidade do caso leve os órgãos responsáveis a priorizar a busca pela verdade e pela responsabilização dos culpados. “É a dignidade de um jovem e o direito de uma mãe que estão em jogo. Não se pode permitir que um caso tão grave seja arquivado sem a devida apuração”, destacou a advogada.
Repercussão Pública
Diante da gravidade dos fatos e das evidências levantadas, Dra. Lorena Lima acredita que o caso exige atenção não apenas dos órgãos responsáveis pela investigação, mas também da sociedade e da imprensa. “Casos como este não podem ser isolados no silêncio do arquivamento. É preciso trazer à luz todas as irregularidades e garantir que a justiça seja feita”, afirmou.