Bioestimulação de colágeno: separando mitos e verdades
Entenda como essa técnica estética tem conquistado o público e quais cuidados são necessários.

Nos últimos anos, a bioestimulação de colágeno se tornou um dos procedimentos estéticos mais procurados, especialmente entre celebridades e influenciadoras digitais. Prometendo uma pele mais firme, rejuvenescida e com aparência saudável, essa técnica rapidamente ganhou espaço nas clínicas de estética e virou tema de conversa entre as amantes de cuidados com a pele. Mas, com tantas informações circulando, como separar os mitos das verdades sobre esse procedimento? Para esclarecer essas dúvidas, conversamos com Letícia Terceiro, biomédica e especialista em estética corporal e facial.
A bioestimulação de colágeno consiste na aplicação de substâncias que estimulam a produção natural de colágeno na pele, como o ácido polilático e outros bioestimuladores. O objetivo é claro: melhorar a elasticidade e a firmeza da pele, além de minimizar linhas de expressão e flacidez. No entanto, muitos ainda têm questionamentos sobre sua eficácia e segurança.
Um dos principais mitos que cercam a bioestimulação é a ideia de que se trata de um “milagre” instantâneo. "Embora os resultados possam ser visíveis em algumas semanas, o efeito máximo é alcançado gradualmente, geralmente entre três a seis meses após o tratamento", explica Letícia Terceiro. A paciência é fundamental, pois a produção de colágeno é um processo natural que requer tempo para mostrar seus resultados.
Outro mito comum é que o procedimento é completamente indolor e não apresenta efeitos colaterais. A especialista alerta: "Embora muitas pessoas relatem desconforto mínimo, cada organismo reage de maneira diferente. Efeitos como inchaço, vermelhidão ou até hematomas podem ocorrer". Portanto, é importante estar ciente de que a experiência pode variar de pessoa para pessoa.
Por outro lado, uma verdade inegável é que a bioestimulação de colágeno pode ser uma alternativa eficaz para quem busca um rejuvenescimento facial mais natural. "Diferente de preenchimentos ou cirurgias, que oferecem resultados imediatos, a bioestimulação promove uma melhoria gradual e sutil, respeitando a anatomia da pele", destaca Letícia Terceiro.
Entretanto, a especialista ressalta que a bioestimulação não é uma solução única para todos. "É fundamental que o paciente passe por uma avaliação minuciosa com um profissional de saúde qualificado. Essa avaliação deve considerar o tipo de pele, as necessidades individuais e as expectativas do paciente", afirma.
A transparência e a informação são essenciais para que as pessoas possam tomar decisões conscientes sobre os cuidados com a pele. Afinal, como Letícia enfatiza, "a verdadeira beleza vem de dentro, e cuidar da saúde da pele deve ser uma prioridade, independentemente das tendências do momento". Portanto, se você está pensando em se submeter à bioestimulação de colágeno, informe-se bem e busque sempre um profissional qualificado para orientá-lo nesse caminho.
Quem é Letícia Terceiro
Nascida em Fortaleza, é uma bioquímica que decidiu seguir carreira na área da estética. Após se formar, ela optou por morar fora do país, e ao retornar ao Brasil, escolheu se especializar na área de estética, inclusive está concluindo seu mestrado. Ao estudar e trabalhar no exterior, ela adquiriu insights valiosos sobre as tendências e técnicas globais no campo, o que lhe permitiu trazer novas ideias e perspectivas para seu trabalho no Brasil.
A formação em biomedicina de Letícia proporcionou a ela uma base sólida em ciência e medicina, que ela tem aplicado em seu trabalho na área da estética. Ao combinar seu conhecimento em química e biologia com seu interesse pela beleza e saúde, ela conseguiu desenvolver técnicas e tratamentos inovadores.