ENTREVISTA COM A AUTORA GREYCE KELLY
Por Eriberto HenriqueDando seguimento à série de entrevistas na minha coluna, trago para vocês hoje, a entrevista que fiz com Greyce Kelly.
Greyce Kelly é uma moradora do estado de São Paulo, que vem escrevendo e exercendo sua criatividade há anos. Apaixonada por terror e mistérios tem entre seus favoritos a série Sobrenatual e os clássicos personagens Freddy e Jason.
Vamos a entrevista:
Eriberto Henrique (Olhar Dinâmico)
1-Greyce, como você se define como autora?
Greyce Kelly
R: Sou muito dedicada, quando percebi que sabia escrever é que eu poderia fazer isso virar uma profissão, eu comecei a estudar muito, e fazia todo tipo de pesquisa para os livros, isso transformou minha escrita que passou a ser mais profissional.
Eriberto Henrique (Olhar Dinâmico)
2- Qual o seu primeiro contato com a escrita?
Greyce Kelly
R: Bem, eu comecei a escrever no ensino médio por causa de um livro, até então detestava ler, escrever era uma tortura, tudo porque eu nunca fui apresenta a livros sem ser clássicos e com meus 15, 16 anos detestava, achava chato e monótono. Uma professora de português deu a classe um livro diferente para leitura do semestre e ela me encorajou a ler e mais tarde a escrever. Foi ai que esbocei meu primeiro Original, a obra A viagem da minha vida, quando pensei nela pensei que queria que fosse algo diferente, uma comédia misturada com drama com pitadas de romance, ai nasceu à história de John Mayer um jovem com um tumor cerebral onde não existe chances de operar e que deseja viver o melhor da vida, com seus dois melhores amigos eles saem em uma viagem louca buscando não só ser feliz, mas como se libertar de amarras que a vida impõe para nós. Escrever esse livro foi mágico porque eu percebi que meu dom não era somente algo da minha imaginação fértil, percebi que poderia criar universos viver histórias diferentes, isso fez toda a diferença na minha vida. A primeira plataforma que postei meus trabalhos foi no Orkut, foi muito bacana esse tempo, poderia ter sido melhor aproveitado se a escritora que sou hoje tivesse passado por aqueles fórum de escrita.
Eriberto Henrique (Olhar Dinâmico)
3-Na sua opinião qual a maior dificuldade de uma escritora?
Greyce Kelly
R: O meio Literário, e tanta gente sacana nesse meio que me assusta, sabe pessoas que se aproveitam de inexperiência para se aproveitar de um sonho que tu tem isso e vergonhoso.
Eriberto Henrique (Olhar Dinâmico)
4-Você gosta muito de séries, nunca pensou em ser roteirista?
Greyce Kelly
R: Sim, eu acho bem legal, tive oportunidade na faculdade de publicidade de ser meio que roteirista e velho eu achava o máximo pegar os textos da galera e transformar e dar piteco e ir gravar eu gostava muito.
Eriberto Henrique (Olhar Dinâmico)
5-Defina a literatura em uma palavra?
Greyce Kelly
R: Mágica, a literatura tem o dom de fazer você viajar o mundo sem sair do lugar.
Eriberto Henrique (Olhar Dinâmico)
7-Como muitos autores acredito que alguma vez já pensou em parar de escrever, porque não desistir dessa loucura?
Greyce Kelly
R: Sim, já pensei muitas vezes em parar por motivos diversos, algumas vezes por criticas maldosas, não que eu não aceite, mas alguns comentários não ajudam simplesmente te puxam mais para baixo, outras pelo meio literário a sacanagem de alguns editores, digo isso por experiência própria passei por situações ruins com algumas editoras, por isso você ai escritor pesquisem bem sua editora ok, não achem que se perder a oportunidade nunca mais poderá publicar, e melhor esperar do que ser lesada financeiramente.
Eriberto Henrique (Olhar Dinâmico)
8-Ser escritor no em um país que se lê muito pouco e os que leem não gostam de nacional, é como caçar mariposas no escuro! Na sua opinião o que precisa ser feito para mudar esse quadro?
Greyce Kelly
R: Eu não entendo porque detestam tanto nacionais, serio existe tanta coisa bacana, tão melhor quando um famosinho. O que precisa ser feito para mudar isso... Leitores POR FAVOR, criem consciência de que ser nacional não é ruim e da mesma forma que uma JK escreve uma autor do seu pais também escreve. Quer exemplos André Vianco, ótimo escritor nacional livros de mistérios incríveis, Carol Sabar escritora de clichês, são famosos são, desconhecidos Lud Oliveira excelente escritora de policiais e mistérios, Taty Lima romances amorzinhos, Manuh Costa Hot... Parando por aqui porque se não vou citar mais de 100.
Ler um nacional não e ruim, você apoia um escritor que muitas vezes e anônimo que tem um sonho e esse escritor é alguém que sabe escrever que só precisa de reconhecimento.
Eriberto Henrique (Olhar Dinâmico)
9- Um livro, e por quê?
Greyce Kelly
R: Depois daquela viagem, porque foi por causa desse livro que comecei a ler e a escrever, se não tivesse lido esse livro provável que não seria escritora porque eu iria achar que todos os livros eram como os clássicos, chatos e monótonos. (Mudei de ideia hoje sobre os clássicos, hoje acho eles incríveis, porém e errado dar ele para crianças e adolescentes eles precisam ser cativados com leituras dinâmicas.)
Eriberto Henrique (Olhar Dinâmico)
10-Já escreveu no cemitério?
Greyce Kelly
R: Pergunta estranha, mas mais estranha é a resposta, sim já escrevi no cemitério, aliás, no banheiro, no trabalho, ônibus, metrô, a inspiração não escolhe lugar não é mesmo?
Eriberto Henrique (Olhar Dinâmico)
11-Muitos leitores no Brasil, preferem PDF e grátis, qual sua opinião sobre isso?
Greyce Kelly
R: Pergunta difícil porque eu entendo os dois lados, mas eu sou contra isso porque o meio literário e muito difícil sempre foi mais hoje é mais, pensa num escritor que trabalhou anos numa obra porque escrever não e isso que pensam não, escrever e difícil, para quem escreve de verdade mesmo sabe o quanto de pesquisa envolve um livro, sabe a dedicação que é dada a todos seus personagens, aos lugares. E eu acho que pdf gratuitos tira do escritor os créditos do seu trabalho é por esse motivo que não concordo com eles.
Eriberto Henrique (Olhar Dinâmico)
12- O que diria para os seus leitores?
Greyce Kelly
R: Obrigada! Obrigada por sempre me incentivarem apoiarem a me instigar a sair da minha zona de conforto, sem vocês nada disso seria possível.