Guilherme Isnard Zero
Dono de uma voz poderosa de grandes sucessos como "Agora eu sei" e " Formosa" esta de volta com sua nova formação trazendo novos projetosA carreira do designer, ator, apresentador, tradutor, legendador, cantor, compositor, músico e ativista voluntário Guilherme Isnard é extensa e multifacetada.
Um homem da renascença, o carioca autodidata canta e compõe de tudo: do rock ao samba de teleco-teco. Já trabalhou como estilista, arquiteto e decorador; já foi cronista e repórter de TV; já foi produtor e redator de serviço de tele sexo; já dirigiu restaurantes franceses e clube noturno; traduziu tratado francês de biblioteconomia; legendou filmes em norueguês, francês, espanhol, coreano, inglês e francês; cozinha e faz licor de limão.
Aos 15 anos em 1972, ainda nos bancos escolares, Isnard monta sua primeira banda: “Grêmio Recreativo Nádegas Devagar”, quando cursava o 1º ano do Científico no Colégio Rio de Janeiro, com o colega de sala João Luiz Woerdenbag.
Lobão seguiu dali direto para a música e Guilherme foi para o design de moda. O reencontro se daria na próxima década, nos camarins do “Cassino do Chacrinha”.
Sua ampla trajetória profissional tem início em 1976 quando, inspirado pela carreira de figurinista e desenhista da avó francesa Yvonne Mahé Isnard, começ
ou a desenhar estampas para a Chez Simon de Simão Azulay.Sua visão particular de estilo o levou a São Paulo onde, a partir de 1978, criou as coleções da Zoomp e da Ellus, entre várias outras. Seus dotes como arquiteto e designer de interiores surgiram por extensão e necessidade. O primeiro projeto para a loja da ICE em SP estampou seis páginas na edição especial comemorativa do design Brasileiro da revista Casa Vogue em 1983.
No início da década de 80, Isnard encontra seu canal definitivo de expressão: a música. Assume o vocal da banda “Voluntários da Pátria” e dá-se a conhecer ao público como um cantor de voz potente e atitude, ainda sob o regime militar.
A atriz Demi Moore, sua hóspede na ocasião, prestigiou a estreia no Carbono 14 em 1982. Mas só ao fundar o ZERØ em 1983, que Guilherme começa a compor e cantar suas próprias canções e o compositor inspirado se destaca na cena underground paulista como o grande artista romântico de sua geração.
Em 1986 conquista o grande público e um Disco de Ouro com a vendagem superior a 100.000 cópias de "Passos no Escuro", o álbum de estreia do ZERØ, considerado um clássico da época e listado pela revista Veja como um dos 10 mais pirateados da década de 90.
Duas apresentações no estádio do Pacaembu e uma no Maracanã em 1987, ao abrir os shows de Tina Turner na turnê “Break Every Rule”, coroam a boa performance comercial diante do que o Guiness Book registra como a maior plateia pagante de um artista solo do séc. XX.
A jornalista Barbara Gância cunha a vinheta que passou a adjetivá-lo nas notas e matérias jornalísticas e o "polêmico" Guilherme Isnard é então convidado por Andrea Carta para escrever crônicas e ensaios mensais para a primeira das revistas modernas brasileiras, a HV (que substituiu a extinta “Homem Vogue”) do grupo Carta Editorial.
O artista de conceito e opinião, também foi repórter apresentador do revolucionário programa TV Mix da TV Gazeta/SP, ao lado de Astrid Fontenelle, Alê Primo e Tadeu Jungle, onde entrevistava populares ao vivo num quadro de externa chamado “Link com Guilherme Isnard”.
Em 1992 amplia seus horizontes de intérprete ao dividir o palco com o sambista Miltinho intérprete de “Mulher de 30”. Quando redescobre a obra genial de Luiz Antônio ("Lata D’Água na Cabeça", "Menina Moça", etc...) de quem se torna amigo.
Momentaneamente distante do rock, passa a compor sambas extemporâneos que permanecem inéditos, mas que já têm o compromisso de serem gravados produzidos pelo maestro Rildo Hora, ganhador de seis Grammys, de quem tornou-se amigo e parceiro de composição.
De 92 a 96: pausa musical... necessidades estruturais, aliadas ao paladar gourmet, talento culinário e sua origem francesa, colocam Guillaume Achiles Clair-Marie Isnard (esse é seu nome de batismo) no comando de restaurantes como o Le Maxim’s de Paris (a única filial do tradicional restaurante francês) e o Allons Enfants! no Rio de janeiro.
Em outubro de 1996, retorna ao palco com o propósito de resgatar a obra do “Coronel” Luiz Antônio no show “Cassino Tropical” gravado e levado ao ar pela rádio MEC.
A homenagem reverencia em vida o mestre e amigo, que morre dois meses depois.
O baque o obriga à reflexão e Guilherme decide reativar a carreira musical com um espetáculo solo e seguir na missão de transformar a vida das pessoas através da sua música.
Entre 1998 e 99 o ator Isnard interpreta o flautista e compositor Joaquim Antônio Callado (inventor do chorinho) no musical "O Abre Alas", sobre a vida da maestrina Chiquinha Gonzaga. O espetáculo com Rosa Maria Murtinho, Zezé Mota, Selma Reis, Monique Lafond, Alessandra Maestrini e grande elenco, é um sucesso nacional e faz carreira nos principais teatros das capitais brasileiras.
Em 1998, o ZERØ se reúne para comemorar os 15 anos da banda e o evento marca o retorno definitivo de um dos mais cultuados grupos dos 80. Após 13 anos de silêncio comercial, Isnard e seus companheiros lançam o CD "ZERØ Electro Acústico" em 2000. O trabalho esgota as 10.000 cópias produzidas apenas no boca-a-boca dos aficionados fiéis.
O sucesso do CD independente motiva a gravadora EMI a relançar os seus dois primeiros LPs remasterizados na compilação “Obra Completa” de 2003, também esgotado. Em 2004 o fã-clube lança através da Invisível Records o CD “Dias Melhores” (esgotado) para fãs e colecionadores, com as primeiras gravaç&o
tilde;es de estúdio, participações especiais e o primeiro compacto.Em 2007 Guilherme lança o CD “Quinto Elemento” (esgotado), o primeiro de inéditas em 20 anos. Seria um trabalho solo, mas ele resolve dar continuidade à história do grupo e excursiona com o ZERØ até 2013.
Segue a década atuando como DJ e participando de shows temáticos com os colegas Leo Jaime, Ritchie, Leoni, Kid Vinil, Kiko Zambianchi, Thedy Correa, Evandro Mesquita e outros, em shows da geração 80 por todo o país.
Em novembro de 2013 muda-se com a mulher e os filhos para Nova Friburgo, na região serrana do estado do Rio onde foi aluno interno do CNF/FGV. Mal se instalam e a família é convidada a participar de uma troca de cidades no Reality Show Verkehrtewelt em Fribourg, na Suíça francófona.
Na volta, dedica-se às ações organizadas da sociedade civil, com o intuito de contribuir para o desenvolvimento econômico e sociocultural sustentável da cidade, disposto a cooperar para a realização do potencial local em transformar-se em uma referência nacional do turismo de eventos culturais.
Torna-se membro do GT de governança do movimento “Nova Friburgo +200”, elege-se suplente da cadeira de música do Conselho Municipal de Política Cultural, é empossado diretor vogal da “Associação de Preservação da Memória Ferroviária - Clube do Trem”, nomeado como diretor cultural do “Nova Friburgo Convention & Visitors Bureau” com assento nos Conselhos Municipais de Turismo; Moda; Desenvolvimento Econômico; Segurança e é membro fundador dos Polos de Gastronomia e de Áudio Visual da cidade.
O protagonismo no voluntariado municipal culmina na nomeação para a Subsecretaria de Governo e da Casa Civil em 2017, com a atribuição de coordenação dos eventos do bicentenário da cidade.
No governo municipal, percebe que são os deputados que têm possibilidades concretas de realizar as conquistas que almeja para Nova Friburgo e inscreve-se para uma bolsa de formação política oferecida pelo Renova.br para promover a renovação do Congresso Nacional no pleito de 2018. Classifica-se entre os 200 finalistas em mais de quatro mil inscritos de todo o país, mas fica fora dos 150 agraciados.
De volta ao Rio em março de 2019, Guilherme Isnard ensaia a nova formação para a turnê “O Tempo Voa e Agora Eu Sei” comemorativa dos 35 anos de “Passos No Escuro”
Lançou em outubro de 2020 “Quando Esse Mal Passar”, o novo single composto durante o confinamento e finaliza as canções do próximo álbum, assim como desenvolve a inusitada parceria que já contabiliza cinco novas obras com o ganhador de seis Grammy’s, o maestro Rildo Hora, produtor de Zeca Pagodinho e Martinho da Vila.
No tempo livre, prepara pratos da cozinha internacional e produz seu Licor de Limões (receita tradicional da família) batizado Guimoncello em homenagem ao pai francês que trouxe a receita para o Brasil, para presentear os amigos “Quando Esse Mal Passar”.
Marco Fukuyama
Produtor Artístico
Programa “Studio ao vivo”
Apresentação e Produção
Marco Fukuyama
Web Rádio Studio FKM
https://studiofkm.com/