A domesticação das plantas
A domesticação das plantas tem um relacionamento direto de interação com o homem, pois é um processo que envolve mudanças mútuas entre os dois grupos.A domesticação das plantas tem um relacionamento direto de interação com o homem, pois é um processo que envolve mudanças mútuas entre os dois grupos. Essas mudanças determinaram uma dimensão diferente dentro da evolução dos vegetais, bem como despertaram a atenção de muitos autores ao longo dos anos, principalmente pela multidisciplinaridade do assunto (envolvendo antropologia, arqueologia, bioquímica, genética, geografia, lingüística, biologia molecular, fisiologia, sociologia e botânica sistemática). Além disso, pode ser considerada como um dos processos mais importantes relacionados com a história dos seres humanos no planeta, por ter permitido ao homem a possibilidade de selecionar e, posteriormente, cultivar espécies para o seu próprio consumo. Sendo assim, a domesticação das espécies foi decisiva na mudança do comportamento humano e, dessa forma, pode ser considerada um pré-requisito para o surgimento das civilizações.
Segundo do dono de uma floricultura de coroa de flores, o senhor William Hashimoto, as flores compõem um importante setor da economia. “Muitas são as famílias que vivem devido ao cultivo e comercialização de flores e arranjos de flores ou coroas para velório, por exemplo, que é o nosso caso”, enfatiza William.
No mundo todo, existem em torno de 200 mil espécies de plantas silvestres, das quais aproximadamente 100 produziram espécies domesticadas de grande importância econômica (DIAMOND, 2002). Segundo Evans (1993), a maioria das espécies domesticadas pertence a um pequeno número de famílias (2.489 espécies domesticadas pertencendo a somente 173 famílias). Além disso, a proporção de espécies domesticadas varia consideravelmente entre as famílias. Outro fator importante é que a grande parte das espécies está distribuída em oito famílias principais, que são: gramíneas (poáceas), leguminosas, rosáceas, solanáceas, asteráceas, mirtáceas, malváceas e cucurbitáceas. Dessa forma, com base nesses dados, surge uma pergunta: por que somente certas plantas foram domesticadas? As formas ancestrais das espécies cultivadas são denominadas “protótipos silvestres” e teriam sido domesticadas por se comportarem como espécies colonizadoras, ou seja, “inços ecológicos”, os quais são incapazes de competir num hábitat silvestre, porém adaptamse bem em hábitats abertos, onde a competição é mínima. Entretanto, é importante ressaltar que o “protótipo silvestre” não pode ser o ancestral direto da espécie cultivada.