O cantor e compositor Amarildo Silva fala sobre sua trajetória musical e seu amor pelas cidades mineiras, e em especial, sobre o álbum Mariana, em homenagem à cidade após a tragédia
Debby Mian - Jornalista e ApresentadoraFoto: Ritmo e Melodia
Amarildo Silva é cantor e compositor, nascido em Raul Soares (MG), mudou-se para o Rio de Janeiro no começo dos anos 80, aos vinte anos de idade. Porém, seu amor pela música já aflorava aos seus quinze anos.
Influenciado pelo avô materno, que tocava viola caipira nos almoços de domingo em família, ele iniciou seus treinos com a viola, passando para o violão posteriormente, e tocando ao mesmo tempo que já criando suas próprias letras. Descobriu que a música faria parte da sua vida para sempre, e com vinte e dois anos já se apresentava profissionalmente nos bares, festivais e shows na sua cidade.
Apaixonado pela música popular brasileira, iniciava suas apresentações com canções de diversos artistas que admirava e que tinham grande representatividade no cenário da MPB. Entre eles, o grupo Clube da Esquina, cantores como Beto Guedes, Milton Nascimento, Lô Borges, Djavan, Ivan Lins, Chico Buarque, Caetano Veloso, inclusive a Jovem Guarda. Gravou seu primeiro disco solo em 1995, em 1997 o segundo e, posteriormente, mais dois.
Em uma época em que as bandas independentes buscavam seu lugar ao sol, as apresentações e encontros de artistas eram frequentes nas rádios e tvs nacionais, todas tinham o mesmo intuito, que era de serem reconhecidos nacionalmente, surgiu o “Movimento dos Sem Mídia”, onde as reuniões aconteciam dois domingos por mês, em uma praça do Rio de Janeiro, em Santa Teresa, onde apresentavam-se em bares e restaurantes por quatro horas consecutivas, com revezamento entre as bandas, onde cada artista tinha a oportunidade de cantar quatro músicas cada um. O sucesso foi tamanho, que rendeu matéria completa de todo o evento no jornal O Globo.
Em um desses encontros, em um evento na Tijuca (RJ), Amarildo reencontrou seu conterrâneo João Francisco Neves, e no final do show, foi convidado para montar um projeto com canções voltadas a Minas Gerais. Surgia então a banda Cambada Mineira, já lançando seu primeiro álbum em 1999, após dois meses do seu primeiro show, surgia o segundo, o “Cambada 2” em 2000, e em 2003 gravou o “Ao Vivo”, no Teatro Nelson Rodrigues (RJ). Disco que concorreu ao prêmio SHARP de música. Em 2006 o grupo lançou “Meu Recado”, contando com a participação de grandes nomes como Wagner Tiso, Toninho Horta, entre outros, sendo premiado como o terceiro melhor disco de MPB do ano, ficando atrás do primeiro colocado, Chico Buarque e do segundo, Caetano Veloso. Em 2021 lançou o CD e DVD “Urbana Fanzine Agora”. A banda já completa vinte anos de estrada, com apresentações por todo o país.
O grupo ganhou ainda mais espaço na mídia com participações em inúmeros programas de rádio e tv. Um dos momentos mais marcantes durante a carreira de Amarildo, e que renderam ainda mais reconhecimento e visibilidade, aconteceu no programa SR Brasil, com o apresentador Rolando Boldrin. Seu trabalho solo e juntamente com a banda foi notícia em programas de rádio, jornais e portais voltados ao entretenimento, música e cultura. O disco Virgem Sertão Roseano, lançado em 2004, foi baseado no universo da literatura de Guimarães Rosa, retratando o sertão mineiro.
Em 2017 produziu a música Mariana, com letra do poeta e parceiro Wander Lourenço. A canção integra o álbum com o mesmo nome, em defesa a tragédia que ocorreu na cidade, em decorrência do incidente da barragem e a destruição da cidade e grande parte dos seus moradores. o Show aconteceu no Sesi da cidade. O álbum conta também com canções voltadas às cidades mineiras. Na mesma época, Amarildo foi convidado a participar de um debate na TV Minas, cujo o assunto era Mineração ilegal. Por Amarildo: “Fiquei sabendo que na Serra da Canastra tinha várias barragens que eram dez vezes maiores que a de Mariana e que estavam prestes a estourar, e eu não acreditei". Alguns anos depois, aconteceu o mesmo com Brumadinho”.
Confira na íntegra sua participação no programa:
Um dos seus maiores sonhos era tocar no teatro Rival (RJ), e realizou em 1995, onde lançou seu primeiro álbum, com o teatro completamente lotado. Ao lado de Toninho Horta, se apresentou no Teatro das Artes, localizado na época em Copacabana, com direito a dois dias de shows. Em outro momento de sua carreira, dividiu o palco com Lô Borges e Beto Guedes. Porém, seu maior sonho é cantar ao lado de Milton Nascimento, seu maior ídolo.
Com o surgimento da pandemia, Amarildo tem marcado presença em inúmeras lives a convite dos amigos e também se dedicado ao seu projeto Domingos Autorais, que acontece aos domingos, às 19h, no seu canal do YouTube https://www.youtube.com/channel/UC59ZHAskF0HkYbxKn73rcqQ, onde é possível interagir com seu público, tocando músicas e falando sobre composição e brasilidades, em geral, sempre com músicas autorais.
São 40 anos como compositor, totalizando trezentas músicas, com duzentas já gravadas.
Confira entrevista exclusiva com Amarildo Silva no Canal Interview!
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