O que o investidor deve saber sobre fundos quantitativos
Conheça as vantagens e as desvantagens da modalidade.
Os fundos quantitativos são mais uma alternativa disponível para o investidor. No entanto, antes de optar por qualquer tipo de investimento, o mercado financeiro recomenda conhecer bem o produto, a fim de entender as vantagens, as desvantagens e a compatibilidade com os interesses de quem investe.
De acordo com as informações do mercado financeiro, o termo “fundo quantitativo” refere-se não ao produto em si, mas ao formato de gestão. Trata-se de um fundo que utiliza a tecnologia dos algoritmos para a tomada de decisão.
Para a melhor compreensão da dinâmica operacional, é necessário compará-la com a de um fundo de investimento tradicional. Como explica a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), os fundos reúnem os recursos de diferentes investidores com o objetivo de investir em ativos previamente determinados.
Para a participação, o investidor adquire cotas do fundo. A remuneração acontece por meio da venda dessas cotas após um processo de valorização. Em outros casos, como os fundos de investimentos imobiliários (FIIs), os investidores também recebem proventos periódicos, chamados de dividendos.
Toda a movimentação financeira é realizada através de uma gestão profissional. Na avaliação da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), essa é uma das principais características que tornam os fundos atrativos também para os investidores iniciantes.
No caso dos fundos quantitativos, as decisões do gestor levam em conta as análises dos algoritmos. Através da Inteligência Artificial (IA), é feita uma avaliação de mercado que considera um maior volume de dados do que seria possível num trabalho manual.
Além de realizar a análise matemática e estatística, os algoritmos consideram dados sobre históricos e desempenho. A estratégia é mais precisa e ampla, permitindo identificar oportunidades que poderiam passar despercebidas ao olhar humano.
O uso desse tipo de gestão com o auxílio da tecnologia tem sido mais utilizado em fundos de ações e fundos multimercado.
No primeiro caso, como o próprio nome já diz, os recursos dos cotistas são direcionados para o investimento em papéis de diferentes companhias. Já no segundo, o dinheiro é distribuído em diferentes ativos, que podem ser produtos de renda fixa ou de renda variável.
A recomendação aos investidores que desejam investir nesse tipo de estratégia de gestão é seguir uma carteira de ações quantitativas indicada por especialistas do mercado financeiro.
Vantagens e desvantagens
O uso da tecnologia confere vantagens à estratégia de gestão dos fundos quantitativos, como a maior assertividade das decisões. Por meio da IA, a análise de dados é mais robusta, aprofundada e precisa. Além disso, não considera fatores emocionais. Tais características contribuem para potencializar os lucros.
Por outro lado, a gestão tecnológica exige custos. Para a realização desse tipo de trabalho, é necessário investir em um sistema informatizado. Por isso, as taxas administrativas dos fundos quantitativos tendem a ser mais caras.
As demais características são inerentes aos fundos de investimentos tradicionais. Como detalha a Anbima, os fundos, normalmente, não têm prazo de vencimento. Com a liquidez diária, o investidor pode resgatar o valor no momento desejado.
A rentabilidade e a segurança estão associadas ao tipo de ativo que o fundo escolhe investir. Aqueles que aplicam em imóveis (FIIs) são mais seguros do que os que investem em ações, por exemplo. Por isso, a Anbima orienta estudar sobre os tipos de aplicações.
Ainda segundo a Anbima, os principais riscos para quem investe em fundos são o de crédito, que está relacionado aos ativos da carteira; de mercado, que consiste no impacto das variações econômicas no comportamento dos investimentos; e o de liquidez, no caso de fundos que tenham prazo de carência ou vencimento.