Potencial de Goiás para sediar cassinos é tema de debate promovido pela ABIH-GO
Por: Rhaissa Emanuelle
A capacidade da rede hoteleira de Goiás, quando o assunto é sediar cassinos, foi tema de debate em palestra promovida pela ABIH – GO, nessa sexta-feira (24), no Alfre Hotels. Durante o bate papo sobre cassinos com o diretor de cassinos em Las Vegas, Mário Guardado, estiveram presentes a diretoria da instituição e proprietários de grandes hotéis de Goiás do eixo Goiânia, Anápolis e Caldas Novas.
Legislação
O Brasil pode voltar a ter cassinos e legalizar também bingos, jogo do bicho e apostas esportivas, entre outras modalidades. O projeto (PL 442/1991) que prevê essas alterações será analisado pelo Senado Federal. É válido salientar que o texto aprovado é favorável à abertura de cassinos incorporados à estrutura de resorts.
Destacando o cenário de grande oportunidade estratégica de retomada econômica do Brasil ao setor hoteleiro de Goiás, Fernando Pereira, presidente da ABIH-GO, destaca a aprovação da PL 442 como um impulso impactante aos mercados imobiliário, de construção, mobiliário, decoração, tecnologia, indústria, também segmentos do turismo como a hotelaria, gastronomia, eventos, cultura, transportes e shows, assim como o comércio em geral.
“Goiás tem destinos turísticos com grande potencial para sediar um cassino, tais como Anápolis, Caldas Novas e Goiânia, que têm infraestrutura turística e comércio forte. Os jogos irão aquecer ainda mais o turismo do nosso estado, movimentando todos os outros potenciais turísticos de Goiás”, afirma o presidente da ABIH-GO.
Hotelaria goiana em debate
Durante o encontro com a hotelaria goiana, Mário Guardado, diretor de cassinos em Las Vegas, destacou que a legislação anda bem avançada no Brasil. A PL 442 já foi aprovada na Câmara dos Deputados e acreditamos que agora, em março ou abril, seja discutida a pauta sobre os cassinos no Senado. Goiás tem a vantagem de estar no centro do país, em uma área privilegiada que pode atrair tanto o público nacional, quanto estrangeiro”, disse Mário.
O diretor de cassinos não deixou de fora os questionamentos sobre os desafios para Goiás: “um dos desafios é que a parcela de investidor maioritário deve ser estrangeira, mas é necessário que haja 40% do total de investidores brasileiros. São necessárias as parcerias locais para que seja dado o estilo brasileiro aos cassinos”.
Segundo Vanessa Pires Morales, vice-presidente da ABIH-GO, a instituição, junto à rede hoteleira, vem acompanhando o andamento da PL 442/1991: “estamos na expectativa para aprovação pelo Senado Federal. Em Goiás poderá ser liberado apenas um local. Com isso, vemos a grande oportunidade para o mercado hoteleiro de Goiás e Mário trouxe essas oportunidades dos jogos para movimentar a macroeconomia em uma reunião rica de números e informações.
O eixo Goiânia Brasília e eixo Goiânia Caldas Novas são importantes e com uma renda alta por visitação das pessoas, apontados por Vanessa Pires como promissores. Ela destaca os próximos passos: “iremos nos reunir para falar sobre o tema, mas já há a expectativa de uma missão empresarial para Las Vegas. A hotelaria, os negócios e os eventos tem muito a ganhar com os cassinos. E Goiás precisa aprender com quem já sabe”.
Mudanças possíveis
Quanto à estrutura, a PL 442 traz que o resort deve dispor de, ao menos, 100 quartos de hotel de alto padrão, locais para reuniões e eventos, restaurantes, bares e centros de compras. No que se refere ao espaço físico, o cassino deve ocupar no máximo 20% de toda a planta do empreendimento.
Já no que diz respeito aos locais, há uma regra para definir a quantidade de cassinos de cada estado baseando-se na densidade populacional, onde São Paulo estaria autorizado a dispor de 3 cassinos, Rio de Janeiro e Minas Gerais de 2 unidades, e os demais estados de 1 complexo integrado.