Patricia Ahmaral está lançando “Jardim da Noite (Esses Dias)” canção inédita, composta por Zeca Baleiro sobre poema de Torquato Neto, com participação de Paulinho Moska.
Com participação especial de Paulinho Moska, a cantora mineira Patrícia Ahmaral lança “Jardim da Noite (Esses Dias)” canção inédita.
13/09/2023 06:21
Com produção musical do multiinstrumentista Rogério Delayon, o single é o segundo e último, antecipando o repertório do álbum “A Coisa Mais Linda do Existe - Patrícia Ahmaral canta Torquato Neto - vol.2”, segunda parte do projeto duplo, em que Patrícia canta músicas de Torquato feitas com Gilberto Gil, Edu Lobo, Caetano Veloso, Jards Macalé, Chico César, Nonato Buzar, Carlos Pinto, entre outros nomes. O primeiro single deste volume 2 foi “Go back” (Sérgio Britto e Torquato Neto), faixa lançada em abril (https://found.ee/goback).
O poema em múltiplas canções:
Zeca Baleiro revela que compôs “Jardim da Noite (Esses Dias)”, a partir da leitura de “Torquatália - Do lado de dentro” (Editora Rocco, 2004), livro do escritor e jornalista Paulo Roberto Pires, que reúne toda a produção escrita conhecida de Torquato Neto. Curiosamente, coerente ao aspecto fragmentário que marca a obra do autor piauiense, trechos do mesmo poema são citados na canção “Chapada do Corisco”, de 1972, com Carlos Pinto, também parceiro de Torquato em “Três da Madrugada” e “Todo dia é dia D” e, mais recentemente, em “Cor do Dia” (Jabuti Fonteles e Torquato), faixa do álbum ”Torquato Neto - Inéditas Entre Nós” (2019), produzido com autores do Piauí. Há uma composição de Carlos Galvão, conterrâneo e contemporâneo do poeta, sobre o poema “Jardim da Noite”, mas que permanece inédita.
O álbum duplo:
Com 10 faixas, “A Coisa Mais Linda do Existe - Patrícia Ahmaral canta Torquato Neto - vol.2” será lançado na íntegra, no início de junho próximo. Nele, Patrícia gravou exclusivamente canções de letras mais líricas de Torquato, em que ele versa sobre o amor. Assim como “Go back” e “Jardim da Noite (Esses Dias)”, outras obras, como “Um dia desses eu me caso com você” (Torquato Neto e Paulo Diniz), “O nome do mistério” (Torquato Neto e Geraldo Azevedo) e “Pra dizer adeus” (Torquato Neto e Edu Lobo) dão o tom do repertório.
Já o primeiro volume do projeto, “Um Poeta Desfolha A Bandeira - Patrícia Ahmaral Canta Torquato Neto - vol.1”, com nove faixas, está disponível nas plataforma digitais, desde 10 de novembro de 2022, data que marcou o cinquentenário de morte do poeta. Nele, Patrícia Ahmaral gravou canções com discursos mais existencialistas do letrista, como as tropicalistas “Geléia Geral” (Torquato e Gilberto Gil) e “Mamãe, coragem” (Torquato e Caetano Veloso) ou “Quero Viver” (Torquato e Chico César) e “Cogito” (Torquato e Rogério Skylab), entre outras e trouxe também participações de peso, como as de Chico César, Jards Macalé e da Banda de Pau e Corda (PE).
Ouça aqui: https://found.ee/patricia-ahmaral-canta-torquato-neto-1
Patrícia já disponibilizou também videoclipe de “Let´s play that” (Torquato Neto e Jards Macalé), gravada no volume 1: Patrícia Ahmaral e Jards Macalé - Let´s Play That (videoclipe). Clipes de “Go back” e “Jardim da Noite (Esses Dias)” estão a caminho.
Patrícia Ahmaral iniciou carreira nos anos 1990, em Belo Horizonte (MG), na mesma profícua cena que revelaria o saudoso Vander Lee (1966-2016) e as bandas pop locais, de repercussão nacional, Skank, Pato Fu e Jota Quest. Entre o final dos 90 e os anos 2010, gravou três discos solos de estúdio. O primeiro, Ah! (1999), foi produzido por Zeca Baleiro. Depois, Vitrola Alquimista (2004) e Superpoder (2011), produzidos respectivamente por Renato Villaça e Fernando Nunes. Nos álbuns, ela reverencia obras de autores como Walter Franco, Sérgio Sampaio e Alceu Valença, além de expoentes de sua geração, como Chico César, Baleiro e nomes da cena independente, como Edvaldo Santana e Suely Mesquita. Faz leituras inspiradas de clássicos, como A Volta Do Boêmio (Adelino Moreira) e Não Creio Em Mais Nada (Totó). É formada em canto lírico pela UFMG. Em seu trabalho de maior visibilidade, gravou na primeira exibição da novela Xica Da Silva (Rede Manchete) os temas de abertura e do personagem principal, na trilha sonora de Marcus Viana. Após um hiato na carreira, em novembro de 2022, realizou um sonho acalentado há anos e divulgou o primeiro volume de um álbum duplo, tributo ao poeta piauiense Torquato Neto. Para release completo e outros materiais, acesse a página digital da artista:https://patriciaahmaral.com.br/
Sobre Torquato Neto: O poeta, letrista, jornalista, cineasta e ator Torquato Neto nasceu em 1944, em Teresina (PI). Após seu aniversário de 28 anos, cometeu suicídio, na madrugada de 10 de novembro de 1972, abrindo o gás no banheiro de sua casa no Rio de Janeiro, onde morava, desde 1962. Parceiro de Gilberto Gil e de Caetano Veloso, amigo do artista plástico Hélio Oiticica, do poeta Décio Pignatari, do cineasta Ivan Cardoso e de outros nomes expoentes, foi defensor das artes de vanguarda como o cinema marginal e a poesia concreta e um dos principais pensadores do tropicalismo, segundo atesta Gilberto Gil: Ele, Capinam e Caetano formavam um tripé. Torquato figura na capa do álbum manifesto Tropicália Ou Panis Et Circensis e assina duas das faixas, fundamentais do movimento, Geléia Geral, com Gil e Mamãe Coragem, com Caetano. Entre 1967 e 1972, escreveu colunas culturais, dentre elas, a mais conhecida Geléia Geral, que manteve entre 1971 e 1972, no Jornal Última Hora, inaugurando um estilo singular, numa impressionante crônica sobre a revolução que acontecia na música e nas artes do país, que se modernizavam, numa terceira onda, após o Movimento Modernista e a Bossa Nova. Torquato deixou um legado breve e plural, em jornalismo, poesia, cinema e composições, cada vez mais reverenciado em teses acadêmicas, documentários e compilações. Segundo o poeta e pesquisador Marcelo Dolabela (1957-2020), Torquato Neto é um dos poucos que se insere no seletíssimo grupo de artistas que, após a morte, tiveram mais obras lançadas do que quando em vida. Está ao lado de Carlos Drummond de Andrade, Paulo Leminski e Vinícius de Morais.
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Direto da Redação Marco FKM
Composta por Zeca Baleiro sobre poema de Torquato Neto.
O single já está disponível nas plataformas digitais e antecipa mais uma faixa do repertório do álbum “A Coisa Mais Linda Que Existe - Patrícia Ahmaral Canta Torquato Neto - vol.2”, segunda parte de um projeto duplo em que a intérprete gravou parcerias musicais do poeta piauiense,
no primeiro songbook dedicado a esse autor.
O poeta piauiense Torquato Neto (1944-1972), multiartista, um dos mentores da Tropicália e letrista em obras seminais na história da canção brasileira moderna, segue com uma impressionante produção póstuma, desde sua morte há 50 anos. Além de documentários, reuni&otil
de;es, teses acadêmicas, mostras em torno de seu legado artístico, sua criação “musical” encontra-se em plena construção, em parcerias da lavra de novas gerações de autores e autoras. É o caso de “Jardim da Noite (Esses Dias)”, que o compositor Zeca Baleiro cunhou no ano de 2018, num dos contatos com a poesia de Torquato. A faixa, ainda inédita em disco, acaba de ser gravada pela cantora Patrícia Ahmaral e já está disponível nas plataformas digitais. Ao modo confessional do poeta, a canção abre com os versos “repara a cor do dia/ reparo a torre da TV/ não há madrugada mais fria/ do que esses dias sem você…” e traz uma emocionante participação do compositor e cantor Paulinho Moska , dividindo a interpretação com Patrícia.Com produção musical do multiinstrumentista Rogério Delayon, o single é o segundo e último, antecipando o repertório do álbum “A Coisa Mais Linda do Existe - Patrícia Ahmaral canta Torquato Neto - vol.2”, segunda parte do projeto duplo, em que Patrícia canta músicas de Torquato feitas com Gilberto Gil, Edu Lobo, Caetano Veloso, Jards Macalé, Chico César, Nonato Buzar, Carlos Pinto, entre outros nomes. O primeiro single deste volume 2 foi “Go back” (Sérgio Britto e Torquato Neto), faixa lançada em abril (https://found.ee/goback).
O poema em múltiplas canções:
Zeca Baleiro revela que compôs “Jardim da Noite (Esses Dias)”, a partir da leitura de “Torquatália - Do lado de dentro” (Editora Rocco, 2004), livro do escritor e jornalista Paulo Roberto Pires, que reúne toda a produção escrita conhecida de Torquato Neto. Curiosamente, coerente ao aspecto fragmentário que marca a obra do autor piauiense, trechos do mesmo poema são citados na canção “Chapada do Corisco”, de 1972, com Carlos Pinto, também parceiro de Torquato em “Três da Madrugada” e “Todo dia é dia D” e, mais recentemente, em “Cor do Dia” (Jabuti Fonteles e Torquato), faixa do álbum ”Torquato Neto - Inéditas Entre Nós” (2019), produzido com autores do Piauí. Há uma composição de Carlos Galvão, conterrâneo e contemporâneo do poeta, sobre o poema “Jardim da Noite”, mas que permanece inédita.
O álbum duplo:
Com 10 faixas, “A Coisa Mais Linda do Existe - Patrícia Ahmaral canta Torquato Neto - vol.2” será lançado na íntegra, no início de junho próximo. Nele, Patrícia gravou exclusivamente canções de letras mais líricas de Torquato, em que ele versa sobre o amor. Assim como “Go back” e “Jardim da Noite (Esses Dias)”, outras obras, como “Um dia desses eu me caso com você” (Torquato Neto e Paulo Diniz), “O nome do mistério” (Torquato Neto e Geraldo Azevedo) e “Pra dizer adeus” (Torquato Neto e Edu Lobo) dão o tom do repertório.
Já o primeiro volume do projeto, “Um Poeta Desfolha A Bandeira - Patrícia Ahmaral Canta Torquato Neto - vol.1”, com nove faixas, está disponível nas plataforma digitais, desde 10 de novembro de 2022, data que marcou o cinquentenário de morte do poeta. Nele, Patrícia Ahmaral gravou canções com discursos mais existencialistas do letrista, como as tropicalistas “Geléia Geral” (Torquato e Gilberto Gil) e “Mamãe, coragem” (Torquato e Caetano Veloso) ou “Quero Viver” (Torquato e Chico César) e “Cogito” (Torquato e Rogério Skylab), entre outras e trouxe também participações de peso, como as de Chico César, Jards Macalé e da Banda de Pau e Corda (PE).
Ouça aqui: https://found.ee/patricia-ahmaral-canta-torquato-neto-1
Patrícia já disponibilizou também videoclipe de “Let´s play that” (Torquato Neto e Jards Macalé), gravada no volume 1: Patrícia Ahmaral e Jards Macalé - Let´s Play That (videoclipe). Clipes de “Go back” e “Jardim da Noite (Esses Dias)” estão a caminho.
Patrícia Ahmaral iniciou carreira nos anos 1990, em Belo Horizonte (MG), na mesma profícua cena que revelaria o saudoso Vander Lee (1966-2016) e as bandas pop locais, de repercussão nacional, Skank, Pato Fu e Jota Quest. Entre o final dos 90 e os anos 2010, gravou três discos solos de estúdio. O primeiro, Ah! (1999), foi produzido por Zeca Baleiro. Depois, Vitrola Alquimista (2004) e Superpoder (2011), produzidos respectivamente por Renato Villaça e Fernando Nunes. Nos álbuns, ela reverencia obras de autores como Walter Franco, Sérgio Sampaio e Alceu Valença, além de expoentes de sua geração, como Chico César, Baleiro e nomes da cena independente, como Edvaldo Santana e Suely Mesquita. Faz leituras inspiradas de clássicos, como A Volta Do Boêmio (Adelino Moreira) e Não Creio Em Mais Nada (Totó). É formada em canto lírico pela UFMG. Em seu trabalho de maior visibilidade, gravou na primeira exibição da novela Xica Da Silva (Rede Manchete) os temas de abertura e do personagem principal, na trilha sonora de Marcus Viana. Após um hiato na carreira, em novembro de 2022, realizou um sonho acalentado há anos e divulgou o primeiro volume de um álbum duplo, tributo ao poeta piauiense Torquato Neto. Para release completo e outros materiais, acesse a página digital da artista:https://patriciaahmaral.com.br/
Sobre Torquato Neto: O poeta, letrista, jornalista, cineasta e ator Torquato Neto nasceu em 1944, em Teresina (PI). Após seu aniversário de 28 anos, cometeu suicídio, na madrugada de 10 de novembro de 1972, abrindo o gás no banheiro de sua casa no Rio de Janeiro, onde morava, desde 1962. Parceiro de Gilberto Gil e de Caetano Veloso, amigo do artista plástico Hélio Oiticica, do poeta Décio Pignatari, do cineasta Ivan Cardoso e de outros nomes expoentes, foi defensor das artes de vanguarda como o cinema marginal e a poesia concreta e um dos principais pensadores do tropicalismo, segundo atesta Gilberto Gil: Ele, Capinam e Caetano formavam um tripé. Torquato figura na capa do álbum manifesto Tropicália Ou Panis Et Circensis e assina duas das faixas, fundamentais do movimento, Geléia Geral, com Gil e Mamãe Coragem, com Caetano. Entre 1967 e 1972, escreveu colunas culturais, dentre elas, a mais conhecida Geléia Geral, que manteve entre 1971 e 1972, no Jornal Última Hora, inaugurando um estilo singular, numa impressionante crônica sobre a revolução que acontecia na música e nas artes do país, que se modernizavam, numa terceira onda, após o Movimento Modernista e a Bossa Nova. Torquato deixou um legado breve e plural, em jornalismo, poesia, cinema e composições, cada vez mais reverenciado em teses acadêmicas, documentários e compilações. Segundo o poeta e pesquisador Marcelo Dolabela (1957-2020), Torquato Neto é um dos poucos que se insere no seletíssimo grupo de artistas que, após a morte, tiveram mais obras lançadas do que quando em vida. Está ao lado de Carlos Drummond de Andrade, Paulo Leminski e Vinícius de Morais.
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Direto da Redação Marco FKM