O MEDO
Por Eriberto Henrique
Acordei ao amanhecer,
E passei horas olhando o medo!
Um medo que andava nas ruas,
Com os olhos remelados,
Castigados por um sono ainda presente,
Se aventurando nas calçadas aos bocejos,
Abraçado com o frio,
Com a dor,
Com a realidade desse amanhecer,
Rotineiro,
Cheio de migalhas,
De sentimentos mórbidos,
Com diversos perfumes para camuflar o odor de mofo.
Ah vida!
Você e seus segredos,
Seus medos,
Suas máscaras que cruzam as ruas,
Encobrindo as cicatrizes,
E as lágrimas petrificadas.
Degustando esse amargo na boca,
Que deixa o beijo nunca dado,
Simplesmente insípido.
Ah vida!
Eu estou olhando o medo,
Atravessar a rua,
Cruzar a avenida,
Dizer adeus a morte,
Cumprimentar a sorte,
Apertar a mão do tempo,
Abraçar o amor,
Beijar os lábios da dor,
E ir embora sorrindo,
Como se fosse um velho menino.
Eriberto Henrique.
Eriberto Henrique da Silva, natural de Jaboatão-PE. Escritor poeta, capista e ilustrador da Editora Artesanal, Costelas Felinas; também é colunista do Portal Olho Dinâmico. Com mais de 2 mil poemas escritos, romances e crônicas, têm 10 livros publicados em editoras e plataformas de auto-publicação. Participou também de seis antologias. Fez parte do jornal comunitário, Ação Direta, pelo projeto Escola Aberta, onde também atuou como oficineiro, sendo professor de desenho.
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