VOLTAR PARA A BASE!

O futebol brasileiro está destruído em sua estrutura, os clubes não se tornaram empresas, mesmo com o avanço do tempo e da tecnologia, eles ainda querem jogar futebol como jogavam nos anos 90. O maior problema é cultural, como todos os problemas do país. Dívidas não pagas, mas consideradas normais e necessárias, negligência, falta de manutenção, moralidade, adaptação e visão temporal, busca de evolução profissional e estrutural, reflexão social e impacto no meio ambiente, valorização dos profissionais, investimento intelectual e busca constante pela excelência independente de qualquer resultado.

Os atletas tornam-se produtos, que têm de ser fabricados em fábricas com códigos de barras, para serem vendidos em promoções, antes que se avariarem ou percebam que não são tão bons. Não existe busca de talentos ou treinamento de habilidades, o que importa é ser forte, ter músculos e correr como cavalos. Drible não é necessário, é preciso entender o esquema, se posicionar com linhas baixas, se recuperar rapidamente, ocupar espaços e jogar sem bola. A criança pequena e magrinha da favela, por mais habilidosa que seja, nunca será um profissional, pois não terá disciplina para saber sofrer quando necessário, dedicando-se ao projeto onde só terá a bola em seus pés por no máximo 2 minutos por jogo.

Os treinadores estrangeiros, são profissionais da moda que entendem de tática e podem mudar esquemas rapidamente, mas que ignoram o que fez do futebol brasileiro o melhor futebol do mundo, dribles, toque de bola e capacitância de improvisação.

A solução? Talvez seja voltar ao arroz com feijão. Voltar para a base e buscar talentos, não grandalhões corredores. Felizmente ainda tive tempo de ver Romário, Bebeto, Djalminha, Marcelinho Carioca, Alex, Ronaldo Nazário, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo, Dener, Evair, Giovanne, Edilson, Roberto Carlos, Edmundo, Müller, Leonardo, Jackson e muitos outros.

Fica a reflexão!

Att. Eriberto Henrique